20 de fevereiro de 2015

Em Defesa da Honra - Hannah Howell - Clã Murray

Olá Pessoal!!

Para se recuperar da folia de carnaval, nada melhor que um bom romance...

França e Escócia, 1437.

Gisele DeVeau conhece o lado mais sórdido dos homens, depois de escapar da brutalidade de seu marido. Agora, viúva e com a cabeça a prêmio, ela é perseguida por um crime que não cometeu. Sua única esperança é Nigel Murray, o rebelde escocês que a salvou de morrer no campo de batalha e fugiu com ela para a Escócia. O atraente Nigel desafia Gisele com uma sensualidade ardente, destruindo todos os seus receios e temores. Mas para confiar plenamente em Nigel, Gisele precisa deixar o passado para trás e abrir seu coração para o amor eterno!


Nigel Murray abandonou seu lar na Escócia e partiu para a França logo após o casamento de seu irmão Balfour. O desejo ardente pela cunhada Maldie era o motivo.
Sete anos se passaram desde sua partida e acordar de cara numa poça de lama, sem nem ao menos se lembrar de como fora parar lá, era um bom motivo para abandonar a vida de bebedeiras, mulheres e guerra e retornar para casa.

A única maneira que Gisele DeVeau acreditava poder se manter viva, era fingindo ser pajem do primo Guy, um dos poucos parentes a não lhe virar as costas quando foi acusada de assassinar o marido. Gisele agora vivia em constante fuga, não apenas dos homens da família do marido, como também de todos os mercenários contratados para encontra-la e  leva-la para morrer na forca.

Mesmo que Nigel não houvesse escutado os primos conversando, seria impossível não perceber que embaixo daquelas roupas masculinas existia uma mulher. Os cabelos cortados curtos na esperança de ajudarem no disfarce, só tornava o belo rosto ainda mais feminino.

Era impossível Nigel não notar a semelhança dessa bela mulher com outra do seu passado. O mesmo corpo mignon. Os mesmos cabelos negros e cacheados. Os mesmos perturbadores olhos verdes. Porém Nigel tentava se convencer de que não foram as semelhanças que o fizeram oferecer ajuda, e sim a visível necessidade de proteção da bela mulher, além de um bom motivo para deixar de lado a vida promiscua dos últimos anos e voltar a agir como o cavaleiro honrado que era.

Gisele não quer aceitar a ajuda do estranho escocês. Se nem mesmo a família acredita na sua inocência, por que ele o faria? Por que não a entregaria a família do marido ficando assim com a gorda recompensa? Entretanto eventos perturbadores e inesperados obrigam Gisele a confiar sua vida nas mãos do escocês e rezar para estar fazendo a escolha correta.

A única forma de Nigel salvar Gisele será tirando ela da França e a levando para os protegidos muros de seu lar; Doncoill, na Escócia.

Ele ainda não estava convencido da sua inocência, mas após ouvir sua história ele estava convencido que o marido dela merecia morrer e para Nigel isso já bastava.

A jornada não seria fácil, não apenas porque estavam sendo caçados por metade da França, mas porque o desejo de Nigel por Gisele era imenso e crescia a cada instante.

Ele deseja poder fazê-la esquecer de todo o horror vivido no casamento, mas só poderia oferecer isso: prazer carnal. Afinal como poderia oferecer algo mais se não conseguia entender se a atração que sentia era por Gisele ou por ela ser quase uma cópia de Maldie.

Em meio as privações, perigos e perseguições a atração entre ambos cresce a cada dia, resta saber se eles chegarão bem ao final dessa jornada. Não apenas fisicamente, mas o mais importante, emocionalmente.

Um romance delicioso do começo ao fim.

Eu tinha adorado o primeiro livro do Clã Murray, todavia esse conquistou meu coração logo no primeiro capitulo e roubou o posto de favorito.

Nigel é um personagem maravilhoso. Lindo. Forte. Atraente. E atormentado pela paixão que sente pela cunhada.

Gisele é uma heroína. Mesmo ferida na alma, acusada de assassinato, abandonada pela família, ela não desiste. Ela quer viver. Provar sua inocência. Recomeçar. A paixão despertada por Nigel é algo inesperado, porém um bálsamo para seu coração destruído.

Enfim, duas almas angustiadas que juntas buscarão uma forma de se curarem.

Ps: só para deixar registrado, a distância entre a França e a Escócia é de 1.596,9km, 16h e 12m de carro, 81h de bicicleta e 250h andando, isso nos dias de hoje, consegue imaginar este trajeto a cavalo no ano de 1437?