8 de dezembro de 2010

O Vendedor de Armas


Quando Thomas Lang, ex-militar de elite, recebe uma proposta de 100 mil dólares para assassinar um empresário norte-americano, ele decide, imediatamente, alertar a suposta vitima – uma boa ação que não ficará impune.

Em questão de horas, Lang terá de se defender com uma estatua de Buda, jogar cartas com bilionários impiedosos e colocar sua vida (entre outras coisas) nas mãos de muitas mulheres fatais, enquanto tenta salvar uma linda moça e impedir um banho de sangue mundial.

O vendedor de armas já estava na minha lista de leituras há muito tempo, e veio parar nas minhas mãos através de um grupo do Skoob, o Livro Viajante (se não conhece vá até lá agora, você irá adorar).

Quando recebe a proposta para assassinar um empresário, Lang não pode imaginar no que está se metendo ao recusar a proposta e tentar avisar a vitima do perigo. Interesses de muitos poderosos estão em jogo neste momento e eles não hesitarão um momento sequer antes de matar todos os que se coloquem no cominho de seus objetivos.

Lang é o mocinho da história, apesar de em diversos momentos ser obrigado a usar métodos nada ortodoxos para conseguir desvendar os mistérios, encontrar os culpados e salvar a ingênua mocinha, que de ingênua parece não ter nada.

Policiais londrinos, agentes norte-americanos, a Cia, vendedores de armas, políticos e terroristas fazem parte do ninho de gato que é essa história. O livro exige bastante atenção durante a leitura, pois são vários personagens, diversos núcleos e todos de alguma forma estão ligados. Lang aparece na história com tantos nomes que às vezes é impossível não se confundir, ele mesmo em alguns momentos parece não saber quem é.

“Balfour, sim ou não. Balfour era um dos nomes que eu usava, mas com quem? Eu era Lang para Solomon, Ricky para o Francisco, Durrel para a maioria dos americanos e Balfour.... pronto. Eu era Balfour para o hotel”.

O livro me agradou de muitas maneiras. Em primeiro lugar é possível apreciar uma história surpreendente, com diversas reviravoltas, momentos fascinantes, cheios de humor e sarcasmo.

É impossível não pensar no Dr House enquanto apreciamos a leitura. Muito do jeitão irônico dele está presente na narrativa.

O que mais incomoda enquanto você avança na leitura é a nítida sensação de que isso não é ficção. E que “quase” tudo o que acontece aqui é realmente verdade, ou a maior parte da verdade, e isso seria a coisa mais horrível que uma pessoa poderia imaginar, então me esforcei ao máximo para acreditar que tudo é pura ficção. Será?



Não resisti e deixei o gostosão talentoso Dr House, ops, Hugh Laurie de presente para vocês.