9 de setembro de 2011
Mulheres Solteiras não são de Marte
Sempre fico eufórica quando o carteiro passa aqui em casa com um pacote. Nesse dia não foi diferente, porém ao abrir a entrega à decepção estava estampada em minha face.
“Mulheres Solteiras não são de Marte??”
Isso só pode ser livro de auto-ajuda. E eu detesto livros de auto-ajuda.
E foi assim que o livro em questão foi parar no final da imensa pilha de livros para leitura.
Outro dia tinha que acompanhar o Ricardo numa consulta e tudo que eu queria era em livro leve para me acompanhar. Estava meio irritada naquele dia e decidi levar como companhia Mulheres Solteiras não são de Marte. Assim teria mais um motivo para me manter irritada. Coisa de gente doida, mas com certeza eu não sou perfeita.
Sentei naquela sala lotada com meu livro nas mãos determinada a odiá-lo e reclamar dele sem parar, entretanto ao ler apenas algumas paginas me peguei rindo em alto e bom som e me divertindo muito. Auto-ajuda??? Não mesmo!!
O livro conta à história de Diana suas inseparáveis amigas Lili e Betina.
Diana é uma mulher como todas as outras. Está em busca do príncipe encantado, mas só tem encontrado sapos gosmentos pelo caminho. E eles são tão gosmentos, que não existe beijo mágico capaz de transformá-los.
A história é narrada em primeira pessoa e será impossível não se identificar com uma, algumas, ou todas as situações apresentadas.
Por que nós mulheres amamos os canalhas?
Talvez seja instinto feminino que se aflora em nosso DNA. Um instinto tão reprimido, que nossas famílias tentam esconder, mas é mais forte do que todas nós. Adoramos os canalhas.
Os capítulos são curtos e através de cada um deles vamos conhecendo as diversas aventuras de Diana e de suas amigas.
O bar do Pedrão é parada obrigatória nas noites de sexta. É lá que as amigas irão comemorar as vitórias. Bebemorar as derrotar. E afogar as mágoas.
Passaremos o livro todo torcendo para que cada uma delas encontre seu príncipe e viva seu tão sonhado “felizes para sempre”. Mesmo sabendo que a vida real está longe de ser um conto de fadas.
Não faça como eu, que deixei o preconceito causado pelo nome me afastar de um livro divertido por tanto tempo. Leia. Identifique-se. Divirta-se.
O mais engraçado de tudo, é que esse livro nasceu a partir de um blog. Isso mesmo. A autora Letícia possui um blog chamado “papo de calcinha”, onde narra as histórias vividas por ela, pelas amigas, conhecidas e algumas de sua própria imaginação. Quem sabe novos livros poderão surgir através de um blog. Aposto minhas fichas na Alê, com suas “Crônicas de La Sorciere”. Não conhece?? Nõa sabe o que está perdendo.
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Editora Universo dos Livros,
Leticia Vidica