29 de setembro de 2011

A Morte do Cozinheiro




É verdade, eu matei o cozinheiro. Em momento algum deste livro negarei que matei o sórdido cozinheiro com minhas próprias mãos de escrever versos. Havia motivo claro em saciar-se com a sua morte, morte de quem por carne e gozo objetou-se ao incomensurável amor que me tornava tão puro. Eu estripei-o com suas facas imundas de trabalho banal, e escalpelei por mimo infantil, de criança brincalhona, ao ver os índios e escalpes na TV. Matei o demônio com noventa facadas, cultivando um novo demônio sanguinário em mim, portanto não negarei ter feito a coisa mais maravilhosa que eu poderia fazer por minha inconseqüência gloriosa naquele momento: Eu matei o cozinheiro.



A Morte do Cozinheiro é um livro sobre a obscessão e o ciúme desmetido.
A história gira em torno de Luiz, - o assassino -, Lucas, - o cozinheiro -, e Carmem, o motivo do assassinato.
O livro é bem curto, apenas 78 páginas, mesmo assim, achei o texto cansativo devido a constante repetição das frases.
O estilo me fez lembrar as histórias de Nelson Rodrigues, todo aquele tormento na mente dos personagens e um desenrolar que não é realmente conclusivo, deixa bastante espaço para a interpretação de cada um. Até agora ainda não tenho certeza de quem é realmente culpado, inocente e do verdadeiro motivo do assassinato.