10 de fevereiro de 2010

A rainha do castelo de ar



Terminei o último livro da trilogia Millennium e achei fantástico o desenrolar da história.

Para aqueles que não se lembram, o primeiro livro "Os homens que não amavam as mulheres" foi comentado Aqui, e no meu ponto de vista serviu apenas para conhecermos um pouco dos personagens centrais: Mikael e Lisbeth.

Já no segundo "A menina que brincava com fogo", que também foi comentado Aqui, é onde a história realmente acontece, onde poderemos começar a entender os mistérios que cercam Lisbeth.

O último livro é perfeito - tirando as partes sobre os integrantes da Sapo, que achei um tanto longa, era um tal de "fulano" se formou em tal ano, em tal profissão, foi promovido em tal epóca, era subordinado direto de "beltrano", e mandava diretamente em "ciclano" e no outro "ciclano"; deu para entender?

O livro começa no exato momento em que o anterior termina, é como se realmente fossem um livro só, então é bastante interessante começar a ler um na sequência do outro.

Lisbeth quase morta é levada ao hospital, operada, sobrevive e aguarda melhoras para ser levada a prissão, onde irá responder por uma lista imensa de delitos.

Alexander Zalachenko também está hospitalizado e jura inocência, colocando toda a culpa pelos crimes em Niedermann, e acusando Lisbeth de tentar matá-lo.

Mikael corre contra o tempo para reunir provas que ajude a inocentar Lisbeth, durante este processo mais crimes continuam a acontecer, um assassinato, um suícídio bastante suspeito, roubos, escultas telefônicas e outras coisinhas mais.

Lisbeth mesmo confinada em um hospital consegue através de seus talentos (lembram que ela é uma hacker?) ajudar Mikael a encontrar provas contra os verdadeiros culpados.

O julgamento de Lisbeth chega e é simplesmente fantástico a forma com que o autor preparou o desenrolar dos fatos. Todos acham que Lisbeth é realmente uma maluca de carteirinha (por causa da forma como ela se apresenta vestida no tribunal e pelo fato de responder apenas as perguntas que lhe convem e da forma que bem entende), e que sua advogada Anita (irmã de Mikael) é um fracasso, o que eles não imaginavam era a carta que elas tinham na manga, e quando chega o momento do depoimento do escroto do psiquiatra Peter Teleborian tudo começa a mudar de figura. Este momento é um dos melhores do livro.

Como já disse e acho que vocês perceberam realmente gostei muito do livro, para aqueles que esperam um final onde Mikael descobre estar loucamente apaixonada por Lisbeth, se declarar e os dois viverem felizes para sempre, esquece. Stieg Larson é muito melhor que isso, fomos brindados com um final que ao meu ver não poderia ser melhor. Recomendo a leitura sem sombra de dúvidas, e quando chegar as partes meio chatas sobre a Sapo, lembrem-se que é um mal necessário e que valerá a pena.