Existem diversos tipos de livros, os que são bons, os que são ruins, alguns que são péssimos e alguns que são simplesmente ótimos, encantadores, inesquecíveis. Claro que a avaliação fica por conta do leitor, o que faz com que um mesmo livro seja interpretado e avaliado de várias formas diferentes. Sobre “As Memórias do Livro”, a impressão que divido com vocês, é a de uma história maravilhosa, envolvente e inesquecível. Eu realmente AMEI. Hanna é uma restauradora de livros antigos e foi convidada para analisar e recuperar o lendário Hagadá de Sarajevo. Um livro único, que conta a história dos judeus e é ricamente ilustrado, algo proibido na época pela religião judaica.
Vários são os enigmas por trás deste livro. Como ele foi feito apesar das restrições rabínicas? Quando e por quem ele foi feito? E mais ainda, como ele sobreviveu a tantos séculos de anti-semitismo na Europa?
Enquanto Hanna examina as paginas, encontra pequenas pistas que podem ajudar a contar a história deste livro. Manhas de vinho, cristais de sal, um único fio de cabelo/pelo branco e até mesmo a asa de um inseto. É através destes pequenos detalhes, que somos apresentados a verdadeira história da Hagadá.
Em meio a fatos que ocorreram há muitas décadas ainda convivemos com os medos e as incertezas da protagonista. As dificuldades de relacionamento com a mãe e os mistérios em torno de quem era seu pai.
Um livro extremamente detalhista sem se tornar cansativo, e desde as primeiras paginas ficamos envolvidas com a história, seus mistérios e suas lutas.